domingo, 12 de julho de 2009

Tende a voar enquanto cai

( Não que combine com o momento vivido, não combina, mas ao reler achei tão legal... está aí... como todo o resto das coisas que estão por aí pairando sobre nós e não sabemos tocá-las se é que queremos tocá-las ou ainda as deixar paradas sobre nós como deuses míticos por causa do medo que temos de desbancar o tal intocável.)


Ainda a pouco tudo em mim doía, desde um simples olhar, um gesto, minhas partes todas.

Agora que já nas tuas mãos estou a dores vêem se desfazendo quase como num rastro de um cometa originando a leveza de mim em nosso amor.

Tempos atrás elas me carregavam e me levavam de um lado a outro assim como trazido e levado nas palminhas, um anjo, caído. Elas se foram. Ou as deixei por querer?

A resposta eu não sei e nem sei se gostaria de saber realmente. O fato é que ao jogar minhas mãos nas tuas, meu coração foi abraçado, afagado.

Rogo a deus que me de saber beber, da tua fonte, nas tuas mãos a bebida divina que rola de ti, do infinito ser-teu-eu.

Crio asas quando me abro inteiro ao teu encontro, que logo escorrega por entre nossos dedos e nas mãos cálidas são gerados os nossos desejos infindáveis, de curar, jurar, amar...

Navego no ar como se fizesse parte dele, a leveza me corrompe por inteiro, não entendo, mas me agrada essa sensação de bem estar, no entanto penso me perder em tuas mãos e jamais me achar.

Perder-me no vento e não poder voltar para ti , não sair das nuvens. Socorro.

Alimenta-me.

Volto a tocar o chão aonde pisas...

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