Agora que já nas tuas mãos estou a dores vêem se desfazendo quase como num rastro de um cometa originando a leveza de mim em nosso amor.
Tempos atrás elas me carregavam e me levavam de um lado a outro assim como trazido e levado nas palminhas, um anjo, caído. Elas se foram. Ou as deixei por querer?
A resposta eu não sei e nem sei se gostaria de saber realmente. O fato é que ao jogar minhas mãos nas tuas, meu coração foi abraçado, afagado.
Rogo a deus que me de saber beber, da tua fonte, nas tuas mãos a bebida divina que rola de ti, do infinito ser-teu-eu.
Crio asas quando me abro inteiro ao teu encontro, que logo escorrega por entre nossos dedos e nas mãos cálidas são gerados os nossos desejos infindáveis, de curar, jurar, amar...
Navego no ar como se fizesse parte dele, a leveza me corrompe por inteiro, não entendo, mas me agrada essa sensação de bem estar, no entanto penso me perder em tuas mãos e jamais me achar.
Perder-me no vento e não poder voltar para ti , não sair das nuvens. Socorro.
Alimenta-me.
Volto a tocar o chão aonde pisas...
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