quinta-feira, 13 de agosto de 2009

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM


O estranho é perceber que se passa dentro da gente
É, sonhei tudo como um dia de domindo
Só não demere quanto ao tempo
A velha fantasia de carnaval não cabe e nem mais faz sentido
É cruel perceber que os confetes já estão no chão, que a serpentina está enfim envolta nos altos fios
Que a infância não volta por pior ou melhor que tenha sido
O tempo decorreu, discerrou a cortina, descepou, transformou, arruinou, salvou, ressuscitou...
Só não demore quanto ao tempo pra chegar
Mas nem de mau se faz a passagem
Só desfigura, cade a figura, aonde foram parar suas fantasias?
Por onde andam as antigas marchinhas
Foram quebrados os lança-perfumes da memória
E o hoje velho menino e sua fantasia se recolhem na loucura eterna
O tempo...
O carnaval...
As fantasias...
O passado...
São o resto de brilho no rosto do palhaço.

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